domingo, 1 de enero de 2012

La Politica de Cambó

«iLa ma s s a no té dr e t a int e rveni r en les gr ans r e soluc ions
en que es de c ideix la sort de l s pobl e s pe rqué és s egur que ,
a c ada moment , en les nos t r e s l a t i tuds , la ma s s a votara la
soluc ió més de s enc e r t ada !»
[Fr anc e s c Cambó, Memories (1876-1936) , p. 309]
l . Pr e s entac ión
Como e s s abido, el de s a s t r e de 1898 pondr á en evidenc i a que España
no sólo e r a una «na c ión mor ibunda», como habí a proc l amado lord Sa l i s -
bury, s ino t ambi én que exi s t í a una profunda c r i s i s de ident idad na c iona l ,
de c r edibi l idad y de conf i anz a en el s i s t ema pol í t i co for j ado por Cánova s
un cua r to de s iglo ant e s . Pa r a f r a s e ando a Le andro Pr ados , pi enso que
puede sos t ene r s e que l a España de entonc e s se encont ró ant e la pe r -
pl e j idad de cons t a t a r que e s t aba pa s ando «de impe r io a r ruinado a na c ión
cue s t ionada» .
Tr a s el de s a s t r e , y como r e spue s t a a l a c r i s i s pol í t i c a , surgi r án
di f e r ent e s proye c tos de r egene r a c ión y de r e forma pol í t i c a , pe ro sólo
t r e s de e l los l l ega r án a adqui r i r una aut ént i c a r e l evanc i a . Son los prot agoni z ados por Antonio Maur a , Jos é Cana l e j a s y Fr anc e s c Cambó. La
propue s t a de l nuevo cons e rvadur i smo, que t endr á a Antonio Maur a como
pr inc ipa l inspi r ador , ha s ido not abl ement e e s tudi ada aunque aún hoy
AYER 28*199792 Borja de Riquer i Permanyer
exi s t a una r i c a cont rove r s i a sobr e su c a r á c t e r y sus l imi t a c ione s l . Las
gr ande s e spe c t a t iva s abi e r t a s por Jos é Cana l e j a s se vi e ron pronto frust r ada s por la mue r t e de l l íde r l ibe r a l 2. Y con r e spe c to al proye c to
r egene r a c ioni s t a de Fr anc e s c Cambó, que en el pr e s ent e a r t í culo pr e -
t endemos coment a r , cons ide r amos que la reflexión hi s tor iogr á f i c a ha
s ido ha s t a hoy qui z á s insuf i c i ent e y poco ma t i z ada 3.
Pe ro tal vez s e a pe r t inent e comenz a r por una cons t a t a c ión bá s i c a :
la gr an novedad de la pol í t i c a e spañol a de pr inc ipios de l siglo xx,
la úni c a que a medio pl a zo logró t ene r una aut ént i c a e f i c a c i a , ya que
e r a el fruto de la movilización c iudadana , surgió en Ca t a luña y fue
el c a t a l ani smo pol í t i co r epr e s ent ado por la Lliga Regiona l i s t a . En efecto,
e s t a nueva formación pol í t i c a e l abor a r á una propue s t a que si bi en se
pr e s ent aba como r egiona l i s t a , ya que a spi r aba a logr a r la autonomí a
pa r a Ca t a luña , t ambi én vení a a s e r una sue r t e de r egene r a c ioni smo
e spañol , pue s to que cons ide r aba urgent e una profunda r e forma de la
vida pol í t i c a . De he cho e r a la pl a sma c ión de l s ent imi ento que el poe t a
Joan Ma r aga l l habí a dur ament e expr e s ado en su «Oda a Espanya~~:
Ca t a luña e r a «algo vivo» gobe rnado por «algo mue r to».
La pr e s enc i a pol í t i c a de l c a t a l ani smo en la pol í t i c a e spañol a pl ant e a r á una s e r i e probl ema s nuevos , buena pa r t e de e l los r e a lment e no
pr evi s tos . En pr ime r luga r c r e a r á una not abl e pr eocupa c ión en l a s é l i t e s
pol í t i c a s diná s t i c a s , pue s to que se t r a t aba de un movimiento r egene -
r a c ioni s t a que surgí a de la zona má s de s a r rol l ada y dinámi c a de l pa í s ,
de Ca t a luña , y que , en buena pa r t e , iba di r igido cont r a el s i s t ema
y los pa r t idos de l turno diná s t i co. De he cho, el c a r á c t e r c a t a l ani s t a
otorgaba al movimiento un dobl e c a r á c t e r «periférico»: no e s t aba vincul ado ni al c ent ro geográfico ni a la of i c i a l idad pol í t i c a . Pa r a a c aba r
de enr eda r l a s cos a s el c a t a l ani smo político apa r e c í a como el r e sul t ado
de un impor t ant e proc e so de mode rni z a c ión de los compor t ami entos
políticos en la c iudad de Ba r c e lona , ya que se habí a impue s to a l a s

No hay comentarios:

Publicar un comentario